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Como proteger os dados na nuvem: estratégias e tendências

Segurança em cloud

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Com o avanço da transformação digital, a migração para a nuvem se tornou uma estratégia essencial para empresas de grande porte. Segundo a Gartner, até 2025, 75% dos dados corporativos estarão armazenados em ambientes de nuvem. Essa tendência traz inúmeros benefícios em termos de escalabilidade, flexibilidade e redução de custos, mas também coloca em evidência um dos maiores desafios atuais: a proteção dos dados na nuvem.

Para garantir a segurança dos dados em um ambiente cada vez mais digital e conectado, os executivos precisam adotar medidas proativas e estratégicas. Este artigo aborda como proteger os dados na nuvem, destacando as práticas mais recomendadas, tendências de mercado e dados atualizados sobre cibersegurança.

1. Desafios da proteção de dados na nuvem

Ao optar pelo armazenamento em nuvem, as empresas devem estar cientes dos riscos inerentes a essa tecnologia. Entre os principais desafios, destacam-se:

  • Acesso não autorizado: sem os devidos controles de acesso, os dados sensíveis podem ser comprometidos.
  • Configurações incorretas: de acordo com um relatório da IBM, 90% das violações de dados na nuvem são causadas por erros humanos, principalmente por configurações inadequadas.
  • Ataques cibernéticos: o aumento das ameaças cibernéticas, como o ransomware e phishing, coloca os dados na nuvem em constante risco.

Diante desses desafios, o investimento em segurança de dados tornou-se prioridade nas agendas dos executivos de TI. A seguir, apresentamos as melhores práticas e soluções para mitigar esses riscos.

2. Melhores práticas para proteger os dados na nuvem

a. Controle de Acesso e Autenticação Multifator (MFA)

Para garantir que apenas pessoas autorizadas acessem os dados na nuvem, é fundamental implementar um controle rigoroso de acesso. O uso de autenticação multifator (MFA) reduz significativamente as chances de acessos indevidos. Estudos da Microsoft indicam que o uso de MFA bloqueia até 99,9% dos ataques automatizados.

Além disso, é recomendado o uso de gestão de identidades e acessos (IAM), que centraliza o gerenciamento de permissões e facilita o monitoramento de quem acessa quais dados e quando.

b. Criptografia de dados

A criptografia é uma das ferramentas mais poderosas na proteção de dados. Ela garante que, mesmo que os dados sejam interceptados, eles não possam ser lidos sem a chave correta. A criptografia deve ser aplicada tanto durante o trânsito (quando os dados estão sendo transferidos para a nuvem) quanto em repouso (quando os dados estão armazenados).

Empresas líderes no setor, como AWS e Microsoft Azure, oferecem soluções robustas de criptografia, mas é responsabilidade do executivo garantir que suas políticas estejam alinhadas com as melhores práticas de segurança.

c. Monitoramento contínuo e auditorias

Monitorar continuamente os dados e o ambiente da nuvem é essencial para detectar e responder rapidamente a qualquer anomalia. Plataformas de nuvem como o Google Cloud oferecem ferramentas integradas para monitoramento de segurança, mas é fundamental que as empresas configurem alertas personalizados e realizem auditorias regulares.

O uso de soluções de SIEM (Security Information and Event Management) permite que as organizações coletem, analisem e respondam a eventos de segurança em tempo real. De acordo com a Forrester Research, o uso eficaz de SIEM pode reduzir o tempo de resposta a incidentes em até 30%.

d. Backup e recuperação de dados

Mesmo com todas as medidas de proteção, incidentes podem ocorrer. Ter uma estratégia de backup robusta é essencial para garantir a continuidade dos negócios. Além de backups regulares, é importante testar os procedimentos de recuperação de dados periodicamente.

O estudo de 2023 da Veeam aponta que 74% das empresas sofreram interrupções de serviço devido a falhas nos sistemas de backup e recuperação. Executivos devem garantir que suas equipes de TI implementem políticas de backup com redundância geográfica para maior segurança.

e. Conformidade e governança de dados

As grandes empresas estão sujeitas a diversas regulamentações, como a LGPD no Brasil e a GDPR na Europa. Cumprir essas normas é fundamental não apenas para evitar multas, mas também para proteger a reputação da empresa. O não cumprimento pode resultar em penalidades financeiras significativas — a British Airways, por exemplo, foi multada em €20 milhões em 2020 por violação de dados.

A implementação de políticas de governança de dados ajuda as empresas a garantir que suas práticas de segurança estejam em conformidade com as regulamentações locais e internacionais.

3. Tendências futuras na segurança de dados em nuvem

a. Zero Trust

A abordagem de Zero Trust (Confiança Zero) está ganhando força como uma das principais estratégias de segurança. Ela parte do princípio de que nenhuma entidade, seja interna ou externa, deve ser confiável por padrão. Segundo a Gartner, até 2026, 60% das empresas terão implementado frameworks de Zero Trust para melhorar a segurança de seus dados na nuvem.

Essa abordagem inclui a verificação contínua da identidade de usuários, segmentação de rede e monitoramento rigoroso de todos os dispositivos conectados.

b. Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning (ML)

O uso de Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning (ML) em soluções de segurança está em expansão. Essas tecnologias permitem a detecção de ameaças em tempo real, identificando padrões de comportamento suspeitos e prevenindo ataques antes que eles ocorram.

De acordo com a MarketsandMarkets, o mercado de IA em cibersegurança está projetado para crescer de $22,4 bilhões em 2023 para $60,6 bilhões até 2028. Executivos devem considerar integrar essas tecnologias em suas estratégias de segurança na nuvem para antecipar ameaças e proteger seus dados de maneira proativa.

c. Automação de segurança

Com o aumento do volume de dados e a complexidade dos ambientes de nuvem, a automação de segurança se tornou uma solução essencial. Ela permite que as equipes de TI respondam a incidentes de forma mais rápida e eficiente, otimizando o gerenciamento de ameaças e garantindo a conformidade.

Conclusão

Proteger os dados na nuvem é uma prioridade crescente para executivos de grandes empresas, especialmente em um cenário de ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas. Investir em tecnologias de segurança avançadas, como criptografia, MFA e monitoramento contínuo, além de adotar práticas como o Zero Trust e a automação de segurança, são estratégias cruciais para proteger a integridade e a confidencialidade dos dados corporativos.

A segurança da informação na nuvem não é apenas uma questão de tecnologia, mas também de governança e cultura organizacional. Ao implementar as melhores práticas e acompanhar as tendências de mercado, os executivos garantem que suas empresas estejam preparadas para enfrentar os desafios da era digital.

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